quinta-feira, 2 de agosto de 2012

The Best Damn Day


Exatamente um ano após o melhor dia da minha vida, todos os seguintes tiveram uma pequena (e a cada dia que passa maior) pitadinha de saudade.
 Dois de agosto de dois mil e onze, Belo Horizonte, uma noite na porta do Chevrolet Hall, horas e horas na fila, todo esse esforço por uma razão: Avril Lavigne.
 Com meus melhores amigos ao meu lado, tive a oportunidade de viver meu sonho que até o dia em questão parecia impossível de se realizar. 

 Depois de horas na fila, os portões foram abertos, e então a ficha começava aos poucos a cair assim que eu encarei aquela imensa Black Star envolta por uma massa verde limão. Um atraso para aumentar a ansiedade já é um clichê. O tempo foi passando e a casa lotando, até que em dado momento, no telão podíamos assistir aos comerciais dos perfumes da cantora Forbidden Rose e Wild Rose, nós Black Stars ficamos loucos. Nunca as propagandas foram tão lindas como naquele momento. E mais ansiedade no tempo de espera. 

 Como abertura, foi usada a montagem de imagens e vídeos da cantora e um cover da música Bad Reputation de Joan Jett, ao fim, a banda sobe ao palco ao som da linda melodia retrabalhada de Black Star, até que aparece uma luz verde no palco e no meio dela a Senhorita Lavigne, segurando uma estrala de neon, uma saia rodada preta e uma face carregada de beleza, achei que não fosse suportar este momento, o objetivo da minha vida já havia sido concluído, Avril canta então a canção Black Star, sendo cantada também por milhares de outras vozes que choravam, gritavam e se divertiam. Em seguida a agitada What The Hell tomou conta do pulmão dos fãs da cantora, que loucos, cantavam o refrão chiclete da mesma. 

 Me arrepio sempre que vejo os vídeos, as fotos ou ouço o áudio que carrego comigo no meu music player. Meu coração dispara sempre que a ouço dizendo “Bela Horizonte”. Tão carismática, nos dá boas vindas à Black Star Tour, e então canta seu hit Sk8er Boi, era incrível como eu conhecia todas as letras e tudo o que saía da minha boca milhares de vozes também dizia. Então foi a vez He Wasn’t enlouquecer-nos, mas antes, aquele joguinho de bagunça/silêncio que eu sempre sonhei brincar (sendo guiado, claro, pela nossa Diva). I Always Get What I Want, (que ela trocou um verso e me confundiu por inteiro) mas que ao final deu um mega grito dizendo “IT’S NOT WHAT YOU WAAAAAAANT”, aquilo me fascinou de um jeito que esqueci a raiva pala confusão anterior. 

Imagens do filme Alice no País das Maravilhas no telão que eram acompanhadas por uma hipnotizadora melodia antecederam a música tema do filme, que foi interpretada pela cantora sentada em cima do piano, com todo aquele charme ela podia me matar! Antes de fazer cover de Coldplay cantando a (no momento eu não conhecia, confesso) “chatinha” Fix You, o palco foi invadido por uma criatura louca (e eu morrendo de inveja dele), assustando a cantora, que após o susto, esbanjando simpatia, enfim cantou a canção, foi a minha deixa pra respirar um pouco, já que desconhecia a letra. A triste When You’re Gone continua me arrepiando sendo cantada por tanta gente, (e uma dessas várias vozes é a minha, dá licença). 

Stop Standing There, pra mim uma das melhores do cd, tocada ao piano pela cantora e cantada por todos nós. Wish You Were Here também me enganou, devo confessar isso também, quando na ponte da música ela resolveu ficar gemendo e eu cantando... E sim, ao vivo é ainda mais perfeita! Everybody Hurts (somedays), iniciando apenas com a melodia deixando pro público cantar, e depois de cantarmos “now I see”, ouvimos um “thank you” e então o refrão. Meu mundo parava e girava a cada segundo que eu via aquela massa loura no palco. E vendo meu amigo Ruy de afogar em lágrimas durante a clássica Nobody’s Home deixou a música mais EMOcionante, é verdade,
mas era a Avril ali, e eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser gritar loucamente as letras das músicas.

 A banda tocando alguns instrumentais num momento de pausa da cantora, Unwanted, Freak Out e (um mega grito meu ao iniciar) Losing Grip: é a banda mais foda que meus olhos já viram, fato! O mega hit Girlfriend inundou o local com todos aqueles “hey-heys” e “you-yous”, Foi um dos ápices de diversão. Era incrível ver toda aquela gente pulando daquele jeito. My Happy Ending, a música da minha vida, precedida de um pequeno cover da canção Airplanes, fiquei em choque. Não sabia se ria ou se chorava, só sentia minha voz saindo, bem baixinho, só queria sentir a música entrar.

 E Don’t Tell Me, cantada em cima da bateria, foi lindo, lindo mesmo! Smile veio então pra mudar o ânimo do pessoal, que depois de músicas um tanto tristes, fez todos cantarem junto com a loirinha, que tratou de cantar I’m With You e depois de nos fazer repetir mil vezes o refrão saiu do palco, ela não podia fazer isso com a gente, acabou? Não, I Love You, a trilha sonora do meu namoro me fez abraçar loucamente a pessoa que eu mais amo e estava do meu lado. I realy LOVE you! 

E Ruy gritando por Hot... Ela o atendeu, a versão inteira e normal (não gosto das acústicas... =/ ) até eu pirei. E então pra (infelizmente) fechar o show, Complicated... Eu ainda pergunta pra Avril, porque ela teve que ir e tornar as coisas complicadas???

 Foi então que eu vi pela última aqueles cabelos loiros, e aquele dia ficou pra sempre na minha memória. Em nossos memórias. Até que ela volte e nos traga essa felicidade novamente.
 Obrigado Avril.