domingo, 30 de janeiro de 2011


 Eu até pensava que te conhecia. Tudo me dizia que sim. E mesmo quando tudo tentava me mostrar que eu estava enganado, você conseguia consertar tudo e estávamos bem.
 Mentiras. Tá aí o ponto chave da questão. Você até me disse certa vez que odiava mentiras. Acho que o seu odiar seria ao receber, pois não exita em cometê-lo. Você simplesmente cedeu todos os seus direitos. Eu sabia sim, que nunca partilhamos de uma relação séria. Digo por você. Cedi demais, gostei demais, pensei demais. Só não vou sofrer demais.
 Só te agradeço, por realizar meu pedido: me fazer desgostar de você. Não queria que isso se tornasse um sentimento ruim, mas é inegável. E eu gostaria tanto que disso tudo que vivemos nesse exato 1 mês, sobrevivesse pelo menos a amizade que parecíamos ter, aquela cumplicidade. Mais um equívoco.
 Já não há mais o que fazer, nem mais o que pensar. Um branco surge onde as feridas deveriam estar.
 E tenho plena consciência de que, essas palavras banhadas a uma boa dose de álcool, sono e cansaço possam estar enganadas, por um ódio momentaneo, uma raiva passageria. Mas de uma coisa eu tenho certeza, já não existe mais nada. Como você sempre quis e como sempre foi.
E ainda que jamais tenha conhecimento dessas palavras, eu repito: tudo o que eu te disse, cada palavra com relação ao que eu sentia e pensava era pura e verdadeira. Assim como eu sempre sou. Agora, cada cabeça é uma sentença, cabe a cada uma creditar ou não. Mas agora tanto faz. Atingi o meu objetivo. Espero que por pior que seja, esse seja o melhor caminho, porque a vida possui outros lados que eu ainda vou descobrir.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

a punch on my heart

 Não queria postar letras de músicas aqui, porque sei que se colocasse uma, viriam várias, perderia o foco isso aqui, mas essa realmente merece vir. Tem mechido muito comigo e descrito a minha vida no momento. Mesmo odiando passar por tudo isso que você me faz passar. Eu odeio o fato de te querer tanto. E eu te quero tanto.

 "Eu sinto falta de seus lábios macios, eu sinto falta das suas bochechas brancas. E isso é tão difícil porque eu não vi que você era o amor da minha vida e isso me mata. Eu vejo seu rosto em estranhos na rua, continuo a dizer seu nome quando eu estou falando em meu sono. Mas eu não posso lidar com isso quando eu desligo minha luz noturna. Eles dizem que o verdadeiro amor dói, bem, isso poderia quase me matar. Assassinato de um amor jovem é o que isso deve ser. Eu daria tudo para não estar dormindo sozinho. A vida está desaparecendo de mim enquanto você assiste o meu coração sangrar. Assassinato de um amor jovem é o que isso deve ser. Eu daria tudo para não estar dormindo sozinho. Você segurou minha mão e eles me fizeram chorar enquanto eu jurei a Deus que foi a melhor noite da minha vida. Ou quando você me levou ao redor do mundo, nós prometemos que isso duraria para sempre, mas agora eu vejo, foi a minha vida passada, uma época bonita, bêbados de nada além de um do outro até o nascer do sol."
-The Harold Song by Ke$ha


(a letra foi editada e cortada, por conter partes insignificantes pra estarem aqui.)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O homem da vitrine

 Um dia, caminhando pela rua, olhei para uma vitrine e vi a figura de um rapaz. O encarei. Ele me encarou também. Sorri. Ele permaneceu na seriedade na qual se encontrava. Talvez eu até tenha visto um sinal de desagrado ou raiva em seu olhar. As marcas de espinha pelo seu rosto me diziam que ele não era muito mais velho do que eu. Seu olhar me falava que algo importante aquele homem tinha a me dizer. Mas nenhum pio, nem uma palavra. Sua expressão me preocupava. Aquele rapaz poderia sair dali e procurar briga. Ainda assim permaneci ali, sustentei o olhar. Continuei a encarar aquela criatura a qual eu não reconhecia e que demonstrava tanta proximidade e rancor para comigo. Será que nos conhecíamos? Será que inconscientemente eu o provoquei algum mal? Não sou lá o tipo mais simpático para se relacionar, mas eu tento. Acenei para aquele rapaz que me despia com o olhar. Me desnudava do meu bom ser, me deixava nú de todo o meu lado bom. Me dava medo a forma como me reprovava. Me aproximei daquela vitrine. Fiz que entraria naquele aposento. Mais uma vez ele me reprovara. Retornei. Outra vez sorri praquele homem. Um sorriso que buscava desculpas pelo que quer que eu tenha feito a ele. Estendi a minha mão. Ele repetiu o movimento. Nos tocamos através da vidraça. Falei bem baixinho: "me desculpa!?". Agora ele sorria pra mim. Ainda um tanto desmotivado, mas era um começo. Foi então que percebi que aquele rapaz irreconhecível era apenas o reflexo do meu ser. Profundamente insatisfeito com o que eu me tornei. Novamente o pedi perdão. Disse a ele que eu não tenho culpa por ser assim como sou, apenas segui as regras do jogo. O jogo da vida. Ele ainda sorria. Agora como se me entendesse. Disse a ele pra não se preocupar, que um dia tudo ia se acertar e no fim ele teria orgulho da gente. Quis abraçá-lo. Agora ele parecia tão mais simpático. Como um velho amigo. Foi então que uma senhora muito simpática chegou na porta da loja e educadamente perguntou o que eu desejava. Disse a ela que o que eu queria era ser feliz. Ela sorriu e me disse: "todos buscam a felicidade, ainda sem saber oned encontrá-la. E sempre que a encontram, já não são mais satisfatórias." Sorri pra ela e me despedi. Continuei o meu caminho para casa. De alguma forma feliz, por ter encontrado a felicidade em mim e ter me aceitado como sou.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Começou...


 Já sinto a mundaça. Cresci.
 Mentira.
 Foi só o primeiro dia de trabalho. Nem foi exigido muito de mim. Tranquilo. Pessoas bacanas dividem comigo uma grande área. Grandes equipamentos. Tudo em nossas mãos.

 Hora de botar toda a teoria em prática. Hora de apender muitas outras novas coisas. Hora de mostrar do que eu sou capaz, de mostrar que realmente, se eu quiser eu posso. E eu quero.
 E jajá, mais dinheiro na conta, reconhecimento do trabalho. Recompensa. É onde o meu sorriso se alarga mais.

 Desde o dia em que saí de casa, imaginava que seria diferente. Trabalhar parecia mudar a vida.
 No meu caso, mudou em tudo. Sair de casa, conhecer muita gente nova. Deixar tanta coisa pra trás. Minha vida em Itabira. Meus amigos, ahh meus amigos =( E até que chega o fim de semana pra eu os encontrar e logo chega a segunda pra retornar.
 Cada vez que eu volto lá, eu me fortaleço mais um pouco. Cresço mais. E meus amigos me mostram que eu jamais estou sozinho. Aqui ou lá. Eles estão do meu lado sempre, pra tudo. São amigos.

 E assim começo minha vida profissional: feliz ao extremo. Que essa felicidade permança enquanto eu viver. E é só o início.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Go out!

 Não me entendo. Tento e não consigo.
 Estou de um jeito que nem eu mesmo estou me suportando. Chato e nojento. Aos extremos.

 Essa semana foi um tanto que desgastante. Primeira semana no trabalho, fazendo treinamento. Puta treinamento chato. Ok, acabou. E foi necessário, entendo.
 Mas outras coisas me ocuparam mais a mente, como fazer com que eles entendessem quem eu realmente sou, aqueles que eu acreditei meus amigos. Dizem acreditados, não sei. Nem eu acredito mais em mim. Mas o que eu disse foi verdade. Prezo por fidelidade e amizade. Entendem? Disso eu tenho certeza em mim.
 Dúvidas. Dúvidas que castigam a alma. Uma pergunta e uma resposta que não a esperada, e virou mais um grande tormento. Não, não acredito. Precisava confiar. Queria confiar. Mas não via por onde. Eu gosto de você, mas você não é pra mim, já entendi isso. E me odeie, por tudo o que eu disse. Me odeie pelo que eu sou, e principalmente, pelo que sinto por você. Me odeie por si próprio. Me ajudará taaanto me odiando.

 E agora em casa, melhor lugar para se estar, assim era pra ser. Chateado, angustiado e insuportável. Noite de sexta em casa e sozinho... Mas por escolha. Fui convidado a sair. Mas não fui. Fui panaca. Como de costume.
 Mereço sentir e passar por isso. Até que acabe. E não vou achar estranho se isso durar por todo o fim de semana. Tive escolha, podia ter escolhido estar em vários outros lugares agora. Itatiaiuçu, minha nova próxima cidade vizinha e atual hospedeira, Congonhas, onde passei  meses da minha vida, mas um lugar onde nada me espera e nada me aguarda, talvez bons amigos, BH, onde poderia sair e conhecer novas pessoas, dar a chance de as pessoas me conhecerem. Mas não, preferi vir pra casa, onde me acabo em ódio próprio.

 Me permitirei me odiar por agora, por este fim de semana. E só. Talvez pelo resto do mês. Ou da minha vida. Até que eu entenda.

Minha mente vaga, onde eu queria que não existisse mais passagem. Ali ela está presa, firme em ti. E quando me aparecem novas faces eu me desespero, me perco na vontade de apenas não te gostar. Essas faces que poderiam me fazer tão melhor do que você fez e poderia fazer. Queria que por uma vez, a vida conspirasse a meu favor.

E quando breve me encontrar, longe da sua existência e longe da vida dos que no intento de possuir encontrarão o ódio que sinto por mim, e então se aderir a ele.
Onde então vivo feliz e sozinho, comigo mesmo, o único que pode realmente me fazer feliz.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Better off that way

Gostava da forma que me abraçava e me tocava. E quando me chamava de AMORE e MEU BEM. Isso me dava uma ótima falsa esperança de que tudo ia seguir bem.
Eu realmente gosto da forma que você pisca várias vezes os olhos quando morre de sono...
Toda a vez que eu via a sua foto (ahh, a sua foto do msn, como eu gosto dela...) subir aqui no cantinho da minha tela, meu coração dava um pulo.

Como alguém apaixonado pode ser tão besta??
Esse sou eu. Era eu.
Mas como não existe história de amor com final feliz onde o protagonista seja Eu, não deu certo. Não era pra dar. Não era pra nos pertencermos.

Não é fácil, mas eu to conseguindo. Vou conseguir.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Tchau! De novo.



 Hoje é um daqueles dias péssimos, o dia de partir. Sim, eu o odeio.
 A saída de casa é sempre mais dolorida. Quando você já se encontra no destino você já se sente um pouco menos desconfortável.
 Todos aqueles abraços da despedida funcionam como uma faca, que vai cortando o seu peito. Dói. Mas com o tempo a gente vai se acostumando com estes cortes, provocados por amor incondicional daqueles que nos querem tanto.
 Só quem já passou e passa por isso sabe como é dolorido.

 Deixar um pedaço de você para trás, da cabeça e do coração, esperando que eles ainda estejam a sua espera.
 Na mala alguns poucos pares de roupa, na cabeça vários pensamentos, alguns indesejados. E muita insegurança. O mundo dá voltas. E se quando voltar tudo estiver diferente?

 Se analizarmos bem, isso tudo é bom. O quanto cresci nesses últimos três meses... E nem me refiro a estatura, me refiro a cabeça, mente.
Amadurecer. Sozinho ou assim. Não tenho escolha.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Olhares e olhares

 Quão grande é o poder de um olhar? Um profundo e intenso olhar?
 Ele é capaz de tanta coisa. Dizer o que se passa em sua mente. Deixar um "quê" de curiosidade no outro.      
 Dizer um "te amo" silencioso e acalentado, mas vívido. Pedir um beijo e um abraço.
 Um olhar tem o simples poder de encantar.
 O brilho no olhar de alguém é uma bela imagem a ser observada. Quando bem de perto, é mágico.

 O problema dos olhares é que as vezes eles blefam, eles nos enganam e nos magoam. Eles também possuem o poder de desencantar. De nos partir o coração.
 O quão falso pode ser um olhar? Muito.

 Certas pessoas tem o dom de coletar informações só de olhar nos olhos do outro. Identificar cada mentira, cada verdade.
 Mas este não é o meu caso. Ainda. Enquanto isso eu apenas sigo me ferindo com cada espinho no olhar dos que me rodeiam.
 Olhares malditos, que secam e invejam e matam. Olhares que amam, falsamente.
 O que se há de fazer?

 Seguir em frente. Seguir em frente com todas as mágoas e ferimentos e sofrimentos. Enquanto vou aprendendo a mascarar cada um desses sentimentos no meu olhar. Para que eles sempre digam que estou feliz.